liderança s.f. (1929) 1 função, posição, caráter de líder 2 espírito de chefia; autoridade, ascendência 3 pessoa que possui espírito de chefia 4 capacidade de motivar e inspirar pessoas de forma positiva
etologia s.f. (1615) 1 estudo do comportamento social e individual dos animais em seu habitat natural 2 ciência que estuda os costumes humanos como fatos sociais 3 ramos da pesquisa do comportamento comparado 4 estudo de modelos comportamentais inatos, i.e. instintos
1. INTRODUÇÃO
A Gestão Familiar é uma forma de micropolítica cujo processo busca administrar efetivamente a família através de um planejamento conjunto entre pai e mãe, considerando as necessidades dos filhos.
Tradicionalmente, a estratégia para obtenção de recursos é função do pai, cabendo à mãe gerenciar tais recursos e a rotina do lar, costumes de bases neurológicas e origens pré-históricas, o que vem sendo invertido na pós-modernidade.
À revelia de alguns aspectos ideológicos, é inquestionável que a boa Gestão Familiar visa garantir a harmonia, a prosperidade e a continuidade da família, bem como o desenvolvimento e a realização pessoal de seus membros.
Etologicamente, o arquétipo masculino tem sido associado a características como força, coragem, liderança, provisão e proteção, qualidades consideradas essenciais para a sobrevivência e o bem-estar das comunidades humanas ao longo da história.
A seguir, estudaremos os fundamentos da Liderança e da Micropolítica, nas Categorias Operações e Inteligência, destacando a importância da produtividade pessoal do pai de família, concluindo sobre a aplicação do Princípio de Pareto na Gestão Familiar.
2. DESENVOLVIMENTO
a. Inteligência: A Micropolítica Familiar
A diplomacia, na micropolítica familiar, envolve a habilidade de lidar com situações delicadas ou difíceis de modo suave, buscando evitar o conflito e encontrar soluções pacíficas. Para isso, planejamento e foco são fundamentais, no sentido de ter claro quais são os objetivos familiares durante um desentendimento e quais são as reais prioridades do casal, sendo este último – o estabelecimento de prioridades – uma das aplicações do Princípio de Paretto na Gestão Familiar.
Para além do emprego da diplomacia, faz-se necessário ter uma ótima gestão emocional, a fim de evitar conflitos desnecessários e promover uma comunicação clara e produtiva. Destaca-se a necessidade de uma autodisciplina férrea por parte do pai de família, para manter-se no foco e garantir que as tarefas domésticas sejam concluídas. Para isso, é inteligente atender às principais necessidades da esposa e mãe, o que inclui ajudá-la a encontrar tempo para cuidar de si mesma, ser um ouvinte atento e oferecer apoio emocional e prático, sempre que possível. Aplicando o Princípio de Paretto, se a esposa e mãe (20% da família) estiver disposta, funcional, feliz e saudável, é bastante provável que 80% dos problemas familiares se resolvam per se.
Entretanto, existem ocasiões em que a “escalada da crise” foge à diplomacia, entrando no terreno da negociação, situação em que o conflito já se estabeleceu. Nesses casos, é recomendável tornar o conflito construtivo, buscando soluções que atendam às necessidades de todas as partes envolvidas, através do diálogo e do compromisso. Geralmente, tais crises eclodem após os atritos comuns entre filhos pequenos – explodindo para o universo adulto – o que pede uma disposição contínua do pai de família para o aprendizado de habilidades que envolvam negociação, como Neuropersuasão, Programação Neurolinguística, Operações Psicológicas e Marketing de Guerrilha, habilidades extremamente úteis para se “combater o bom combate” na pós-modernidade.
Outro fundamento da micropolítica familiar é a comunicação eficiente, o que envolve a transmissão clara e objetiva de informações, no sentido de se “fazer corretamente”. Destaca-se aqui a importância da delegação de tarefas secundárias, para que o pai de família possa se concentrar em atividades mais importantes e ser mais produtivo nas ações que gerem um maior benefício conjunto, o que atende à aplicação do Princípio de Paretto na Gestão Familiar. A comunicação eficiente associada à correta delegação de tarefas concorre para o incremento da comunicação efetiva, fundamental para a harmonia familiar e para a garantia de que todos os membros da família se sintam ouvidos e respeitados, diminuindo a probabilidade de conflitos.
Enfim, a persuasão é a quintessência do quaternário diplomacia, gestão emocional, negociação e comunicação eficiente, logo, o fundamento-mor da micropolítica familiar. Da mesma forma, para se manter o foco e o planejamento, a autodisciplina, a busca por aprendizado contínuo e ainda saber delegar corretamente as tarefas secundárias, evitando assim a sobrecarga, é necessário cultivar uma rotina que propicie descanso e equilíbrio, buscando a alta produtividade a curto, médio e longo prazo. Desenvolver habilidades de gestão de tempo, como ensinado na Operação Diário de Guerra, da Formação de Operadores da Guerra Brasílica, é a principal aplicação do Princípio de Paretto na Gestão Familiar, por parte do pai de família que combate na pós-modernidade.
b. Operações: A Liderança do Pai
Liderar pressupõe um objetivo comum a atingir. Metas, prioridades, foco e planejamento fazem parte da estrutura da Gestão Familiar, que tem que conjugar a saúde, finanças, proteção, educação e o sentido da família. Assim, é o estabelecimento de metas e prioridades que insere os objetivos no tempo, enquanto o planejamento e o foco dispõem dos meios materiais, ou seja, inserem os objetivos no espaço. Priorizar metas a alcançar e focar no que foi planejado, além de estar diretamente relacionado com a produtividade do pai de família, é outro exemplo da aplicação do Princípio de Paretto.
Outro aspecto da liderança pessoal de um pai de família é o impacto positivo na gestão do estresse, fornecendo apoio emocional e prático. Nesse último sentido, o olhar técnico e estratégico, simultaneamente, na operacionalização das tarefas domésticas, ou seja, na automatização inteligente das atividades repetitivas de dentro de casa, pode economizar tempo de trabalho, propiciando mais convívio de qualidade entre pais e filhos. Mais uma vez, focar nas principais necessidades da esposa – inclusive nas necessidades práticas de dentro de casa – incide na aplicação do Princípio de Paretto na Gestão Familiar.
Do mesmo modo, o estabelecimento de rotinas e hábitos saudáveis, como alimentação forte, educação financeira, organização pessoal e educação para vida, por exemplo, aumentam o panorama existencial, dando-lhes sentido e direção, facilitando a missão de liderar. Destaca-se aqui a organização pessoal como ponto de ataque. Assim – e para isso – saber identificar as principais necessidades dos filhos, individualmente, é condição para liderança efetiva do pai, inclusive com a ajuda indispensável da mãe.
Já a comunicação eficaz, relacionada com o “fazer-se entender”, é indispensável para o ótimo relacionamento familiar, facilitando mais uma vez a liderança. Destaca-se, dessa vez, a importância de saber delegar as tarefas de acordo com as capacidades de cada membro, fazendo que a família funcione como um organismo vivo, de modo integral. A comunicação eficaz associada à delegação assertiva, ao desenvolver as habilidades individuais, geram a comunicação efetiva, criando as bases para o sucesso pessoal dos filhos, além de darem sentido de vida aos pais. Desse modo, o foco na comunicação eficaz é outra aplicação do Princípio de Paretto à Gestão Familiar.
Por fim, é na Gestão de Tempo que reside o segredo da liderança do pai, principalmente naquela liderança pautada no exemplo, pois integra prioridades, gestão do estresse, rotinas saudáveis e comunicação eficaz. Ainda, é importante garantir que o descanso e o equilíbrio façam parte consistente da rotina paterna, uma vez que estar à frente das atividades importantes, planejá-las previamente e gerenciar os conflitos decorrentes, requer grande quantidade de energia vital. E eis aqui um ponto importante: por mais que seja falível – e que a pós-modernidade endosse essa falibilidade – o pai de família não pode falhar. Por isso, saber identificar os 20% das atividades que geram 80% dos resultados – Princípio de Paretto – deve ser a principal ação estratégica do pai, conteúdo ensinado na Operação Diário de Guerra, da Formação de Operadores da Guerra Brasílica.
3. CONCLUSÃO
A Gestão Familiar passa diretamente pela Economia Doméstica, cujos conhecimentos estratégicos buscam maximizar a qualidade de vida dos membros da família, o que vem sendo negligenciado, sistematicamente, por gerações e gerações de pais.
Resumidamente, o domínio de técnicas de persuasão e de gestão de tempo, relacionados, respectivamente, à micropolítica interna da família e a liderança pessoal do pai, vão aumentar sua produtividade geral, de modo a buscar a prosperidade da família como um todo.
Entretanto, não é fácil para o homem pós-moderno, por mais bem intencionado que esteja, sustentar uma masculinidade sadia em um mundo cujas polaridades arquetípicas estão virtualmente invertidas, não podendo, assim, abrir mão, por exemplo, do acompanhamento do nível de testosterona e do emprego estratégico de nootrópicos, além do domínio de conhecimentos bélicos adaptados à proteção da família.
Concluindo, podemos afirmar que a aplicação do Princípio de Paretto na Gestão Familiar deve focar no aprimoramento de conhecimento, habilidades, atitudes, valores e experiências de Gestão de Rotina, conteúdo ensinado na Operação Diário de Guerra, dentro da Formação de Operadores da Guerra Brasílica.
Por fim, fica claro que a aplicação do Princípio de Paretto na Gestão familiar é a chave para se combater, estrategicamente, a inversão etológica de um comportamentos social inato ao ser humano, especificamente do homem: a manutenção da unidade e a busca da prosperidade familiar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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